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Homocisteína: Para que serve e como gerenciar níveis alterados

A homocisteína é um aminoácido produzido pelo corpo durante o metabolismo da metionina, outro aminoácido essencial proveniente da dieta, encontrado em alimentos ricos em proteínas como carne, peixe, ovos e laticínios. Embora a homocisteína desempenhe um papel importante nas funções corporais, seus níveis devem ser mantidos sob controle. 

O acúmulo excessivo de homocisteína no sangue pode estar associado a riscos aumentados de doenças cardiovasculares, além de outros problemas de saúde.

Para que serve o exame de Homocisteína?

O exame de homocisteína é utilizado principalmente para avaliar o risco de doenças cardiovasculares e condições relacionadas, como aterosclerose (endurecimento e estreitamento das artérias). A homocisteína alta pode ser um marcador de disfunções no metabolismo de vitaminas essenciais, como as do complexo B (B6, B12) e o ácido fólico, que ajudam a manter os níveis de homocisteína normais.

Esse exame também pode ser solicitado para investigar causas de trombose (formação de coágulos), avaliar o risco de acidente vascular cerebral (AVC), doença arterial coronariana e demências, como a doença de Alzheimer.

Valor ideal 

Os valores ideais de homocisteína variam de acordo com o laboratório e o método de análise, mas, de maneira geral, os níveis considerados normais ficam entre 5 e 15 micromol/L.

  • Níveis normais: 5-15 micromol/L
  • Nível limítrofe: 15-30 micromol/L
  • Nível moderadamente elevado: 30-100 micromol/L
  • Nível severamente elevado: >100 micromol/L

Manter os níveis de homocisteína dentro dessa faixa é importante para a saúde cardiovascular e neurológica. Quando esses níveis estão elevados, pode indicar maior risco de danos vasculares, enquanto níveis muito baixos são raros, mas podem sugerir carências nutricionais ou condições metabólicas específicas.

O que fazer quando está alta?

A homocisteína alta, conhecida como hiper-homocisteinemia, pode aumentar significativamente o risco de desenvolver doenças cardíacas e vasculares, além de danos neurológicos. Esse aumento é geralmente associado a deficiências de vitaminas B6, B12 ou ácido fólico, ou a fatores genéticos que afetam o metabolismo dessas vitaminas.

As seguintes abordagens são recomendadas quando os níveis de homocisteína estão altos:

  1. Suplementação de Vitaminas B: Suplementos de vitamina B12, B6 e ácido fólico são frequentemente indicados para normalizar os níveis de homocisteína. Essas vitaminas participam do processo de reciclagem da homocisteína no corpo.
  2. Mudanças na Dieta: Uma dieta rica em folato (presente em vegetais folhosos, feijões e cereais enriquecidos) e vitaminas B12 e B6 (encontradas em carnes magras, peixes, ovos e laticínios) pode ajudar a reduzir os níveis de homocisteína.
  3. Exercícios Físicos: A prática regular de exercícios pode contribuir para melhorar o metabolismo de aminoácidos e manter os níveis de homocisteína controlados.
  4. Acompanhamento Médico: Em casos mais graves ou persistentes, o médico pode solicitar um acompanhamento mais rigoroso com exames periódicos para monitorar o sucesso do tratamento.

O que fazer quando está baixa?

Níveis baixos de homocisteína são menos comuns e não estão fortemente associados a doenças específicas. No entanto, a homocisteína pode estar baixa devido a uma ingestão inadequada de proteínas, condições metabólicas raras ou excesso de suplementação de certas vitaminas. O tratamento de níveis baixos de homocisteína normalmente envolve ajustar a dieta e suplementação conforme a orientação médica.

Quando fazer o exame de Homocisteína?

O exame de homocisteína pode ser indicado em várias situações, incluindo:

  • Avaliação de Risco Cardiovascular: Pessoas com histórico familiar ou fatores de risco para doenças cardíacas, como hipertensão, diabetes, tabagismo e colesterol alto, podem ser submetidas ao teste para identificar precocemente alterações.
  • Histórico de Trombose: Quando o paciente apresenta coágulos sanguíneos repetidos, o teste de homocisteína pode ajudar a identificar causas subjacentes.
  • Anemia Megaloblástica: A deficiência de vitamina B12 ou folato pode causar esse tipo de anemia, e o exame de homocisteína é útil para confirmar a deficiência vitamínica.
  • Problemas Neurológicos: Algumas evidências sugerem que altos níveis de homocisteína podem estar associados ao aumento do risco de demências e declínio cognitivo, tornando o exame útil em casos de perda de memória ou outras alterações cognitivas.
  • Após Diagnóstico de Doença Renal Crônica: O aumento é comum em pacientes com insuficiência renal, portanto, esse exame pode ser parte do monitoramento de pacientes renais

Manter os níveis  dentro da faixa ideal é essencial para a saúde cardiovascular e neurológica. Um exame de homocisteína pode ser útil para identificar deficiências vitamínicas ou avaliar o risco de doenças graves. Em casos elevados, o tratamento normalmente envolve suplementação vitamínica e ajustes na dieta, enquanto o acompanhamento médico é fundamental para garantir o sucesso do manejo.

 

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