Saúde, saúde mental

Transtorno de processamento sensorial: o que é

O Transtorno de Processamento Sensorial (TPS) é uma condição em que o cérebro e o sistema nervoso têm dificuldade em processar estímulos do ambiente e os sentidos. Essa dificuldade pode ser vista quando a criança costuma reclamar da luz, de odores, sons, da sensação da própria roupa no corpo (em casos de hipersensibilidade).

No entanto, o TPS foi associado ao autismo, mas foi descoberto que é um distúrbio distinto que pode ou não acometer pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Há estudos que mostram que há um elevado grupo de pessoas que não são autistas, mas que apresentam TPS.

Recentemente, a atriz e apresentadora Giovanna Ewbank, 36, revelou que seu filho do meio foi diagnosticado com uma “síndrome sensorial”. Segundo ela, Bless, de 8 anos, “ouve mais do que nós todos e sente mais cheiros”. A atriz relatou que, no início dos sintomas, cogitou a possibilidade de o filho ser autista. Porém, uma médica em São Paulo o diagnosticou com uma síndrome sensorial. 

O que é o Transtorno de Processamento Sensorial?

Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) se refere a alterações na forma do cérebro organizar as percepções de estímulos que recebe do ambiente. Dessa forma, deixando a pessoa desorganizada na hora de processar as informações do ambiente, pode responder de forma excessiva ou de forma deficitária a esses estímulos. E, apesar de ser comumente confundido com o Autismo, o TPS é um distúrbio distinto, que pode ou não, afetar pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

O  transtorno afeta a parte sensorial de nosso corpo, sendo ela possível de ser avaliada em 8 áreas sensoriais específicas: tato, gustação, olfato, visão, audição, propriocepção, vestibular e interocepção.

O corpo está diariamente recebendo informações do ambiente, sejam visuais, auditivas, olfativas, etc. Neste caso, o sistema nervoso tem o trabalho de receber essa sensação e transformá-la em uma percepção, para depois, voltar a homeostase do corpo. Então, quando sentimos um cheiro ruim, por exemplo, o cérebro analisa essa informação e envia ao corpo uma resposta, pode ser colocar a mão no nariz para tentar evitar o cheio, como um alerta. Assim funciona nosso sistema sensorial, analisando sensações, transformando em percepções que o cérebro consegue distinguir com excelência.

Já no caso do TPS é como se tivesse um “curto circuito” na hora do corpo processar essa sensação.

As causas para o Transtorno de Processamento Sensorial não são muito claras, mas sabe-se que o fator genético é determinante para o diagnóstico.

Sintomas do Transtorno de Processamento Sensorial

  • Aversão a alguns tipos de alimentos, devido à textura ou às cores;
  • Intolerância a ruídos: no caso dos sons, a pessoa com TSP pode sofrer até mesmo com poucos estímulos como latidos de cachorros e sentir angústia e ansiedade. Também perdem a concentração devido aos ruídos.
  • Dificuldade para usar as habilidades motoras finas, como segurar o lápis ou a caneta, por exemplo;
  • Dificuldades em mudanças de tipo de solo (tapete, chão, grama, calçada)
  • Dificuldade com mudanças: pessoas com o Transtorno podem ter problemas para passar de uma atividade para outra, mudar de ambiente ou moradia. Essas mudanças causam mal estar.
  • Dificuldades no desfralde;
  • Falha na detecção ou na interpretação da entrada sensorial do ambiente ou do próprio corpo, ou seja, sentir frio ou calor, cansaço, fome e as luzes, os sons e as atividades simples, pode ser mais desafiador;

Há casos de hipo e hipersensibilidade. Quando há hipossensibilidade, a criança precisa de bastante excitação ou esforço para sentir o estímulo. Por isso, é comum que ela seja bastante agitada, faça muito movimento ou bagunça, morda objetos, tenha pouca resposta à dor, goste de muito barulho e cheire tudo o que encontra.

Já a hipersensibilidade, é quando a criança percebe os estímulos com mais facilidade. Em alguns casos, as luzes e as cores se tornam brilhantes demais, os sons ficam bem intensos, os odores se tornam muito fortes e as sensações táteis são interpretadas de modo extremamente profundo. Essas pessoas sofrem com essa sensibilidade intensa e que atrapalha bastante a rotina. Assim, podem ser mais seletivos com comida, não gostar de barulho, se sentirem mal ao ser tocado, não gostam de se sujar, reclamam da luz e cheiros, além de serem mais sensíveis à dor.

Diagnóstico do Transtorno de Processamento Sensorial

O diagnóstico do TPS é feito em conjunto – os pais descrevem como é o comportamento, quais são as dificuldades e os medos de seu filho, e, no consultório, o médico faz uma avaliação com o auxílio de questionários, testes das habilidades de processamento sensorial e de observações clínicas.

Para descobrir se a criança possui TPS, é preciso observar os comportamentos e conversar com os pais sobre as dificuldades e medos encontrados. É importante relatar o que a criança gosta, rejeita, como busca o estímulo, se fica agitada ou calma, por exemplo. Averigua-se se a pessoa tem sensibilidade tátil, se sofre ao tocar em objetos, não gosta de colocar o pé na areia, fica mal com algumas roupas, se não gosta de se sujar ou tem dificuldade na hora do banho.

O profissional mais indicado é o terapeuta ocupacional de Integração sensorial, que como o nome já indica, é um profissional que trabalha exclusivamente com essa área, avaliando o perfil sensorial da criança e auxiliando com atividades de integração sensorial.

Fazer o diagnóstico é muito importante para que as crianças recebam o melhor tratamento possível, visando uma melhor resposta adaptativa frente aos estímulos sensoriais.

Tratamento do Transtorno de Processamento Sensorial

 O tratamento do Transtorno de Processamento Sensorial é feito com sessões de terapia ocupacional. Esse tipo de terapia costuma ser bastante efetiva para eles, pois se usa uma abordagem de integração sensorial por meio de atividades e brincadeiras. É importante buscar ajuda profissional e ter um diagnóstico precoce para que a criança realize as atividades normais da infância, como brincar com os amigos, curtir a escola, comer e dormir. Em alguns casos, a terapia comportamental pode ser indicada para lidar com os sintomas depressivos ou isolamento da criança.

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