A doença de Lyme é uma infecção bacteriana transmitida por carrapatos. Ela acarreta lesões na pele, no sistema nervoso central e periférico e no coração, além de dores nas articulações.
A doença de Lyme ficou mais conhecida em 2014, por conta da cantora canadense Avril Lavigne e recentemente, o cantor canadense Justin Bieber fez uma publicação em seu Instagram para contar que recebeu o diagnóstico de doença de Lyme.
Conhecida como “a grande imitadora”, essa doença é um desafio para a comunidade médica, pois seus sinais e sintomas “imitam” outras doenças mais comuns, como a gripe. Por isso, a importância de entender a infecção para poder dar um diagnóstico correto, pois a doença de Lyme pode resultar em consequências perigosas para o coração e o sistema nervoso.
Conheça a seguir alguns pontos sobre a doença.
O que é a doença de Lyme?
A doença de Lyme é uma zoonose causada por espiroquetas da espécie Borrelia burgdorferi e que ocorre em diversas áreas da América do Norte, Europa e Ásia. No entanto, sua transmissão é mais prevalente nos Estados Unidos e Canadá.
No Brasil, desde 1992, tem sido observado o mesmo tipo de manifestações clínicas depois que uma pessoa é picada por carrapatos. Diferentes dos vetores americanos e europeus, a doença de Lyme pode afetar todos os sistemas do organismo.
Causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, encontrada em carrapatos da espécie Ixodes e Amblyomma cajennense (ou carrapato-estrela, causador da febre maculosa). São eles que carregam essas bactérias e que podem transmiti-las para os seres humanos por meio de picadas. Os carrapatos são marrons e aderem na pele, onde podem permanecer por bastante tempo enquanto sugam o sangue do hospedeiro. Os locais preferidos do corpo humano para os carrapatos são axilas, couro cabeludo e região da virilha. Em geral é necessário que a carraça esteja agarrada ao corpo durante 36 a 48 horas para que a bactéria seja transmitida.
Contudo, quanto menor o carrapato, maiores são as chances de eles transmitirem a doença de Lyme, pois são mais difíceis de serem detectados.
Sintomas doença de Lyme
Os sintomas da doença de Lyme variam e normalmente afetam mais de uma parte do corpo, principalmente pele, articulações e sistema nervoso. Veja quais são:
- Mancha vermelha na pele;
- Cansaço;
- Dor nos músculos, articulações e dor de cabeça;
- Febre e calafrios;
- Rigidez da nuca;
- Dormência ou fraqueza dos membros;
- Náusea e vômito;
- Dor de garganta e linfonodos inchados;
- Irritabilidade;
- Inflamação dos olhos
- Inflamação do fígado (hepatite)
Os sintomas desaparecem e reaparecem, e podem ser facilmente confundidos com manifestações sintomáticas de outras doenças, o que exige bastante atenção. Em algumas ocasiões, o quadro pode evoluir para problemas mais graves, podendo ocasionar complicações reumatológicas e neurológicas graves.
Diagnóstico doença de Lyme
O diagnóstico da doença de Lyme baseia-se nos aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. O diagnóstico laboratorial fundamenta-se nas provas sorológicas (detecção de anticorpos específicos) e/ou no encontro do agente etiológico. Além da sorologia, são importantes os exames histológico e imunoistoquímico, a PCR e a cultura.
O diagnóstico da doença de Lyme depende tanto dos resultados dos testes como da existência de achados típicos. Um clássico exantema de eritema migratório sugere fortemente doença de Lyme, em particular quando reforçado por outros elementos ( picada recente de carrapato, exposição à área endêmica, sintomas sistêmicos típicos).
Tratamento doença de Lyme
Não existem medicamentos específicos para o tratamento da doença de Lyme. A maioria das características da doença de Lyme responde a antibióticos, mas o tratamento da doença precoce é mais bem-sucedido. Na fase tardia da doença, antibióticos erradicam as bactérias, aliviando a artrite na maioria das pessoas. Porém, algumas pessoas apresentam artrite persistente, mesmo após a eliminação de todas as bactérias, por causa da inflamação contínua.
Entretanto, a doença de Lyme tem cura. Porém, ela pode deixar sequelas para o resto da vida, principalmente se o tratamento for iniciado tardiamente ou se não for seguido de forma adequada.
Prevenção da doença de Lyme
Não há outra forma de prevenir a doença de Lyme, se não evitando a exposição ao causador da infecção. Como os carrapatos são mais comuns em ambientes ao ar livre – parques, florestas, jardins, bosques, trilhas –, recomenda-se o uso de roupas compridas e calçados adequados para passeios na natureza, para que o corpo não fique exposto.
Embora a essa doença transmitida por carrapatos seja pouco comum no Brasil, em locais de vegetação abundante, é fundamental:
- usar roupas claras, de preferência brancas e com mangas longas, e calças compridas que permitam acomodar as barras dentro de botas;
- inspecionar o corpo cuidadosamente para verificar se são existe algum carrapato grudado na pele;
- utilizar repelentes com DEET (composto químico usado como repelente de insetos) antes de entrar na mata.
Caso encontre um carrapato para extrair, devem ser utilizadas pinças pontiagudas para agarrar a cabeça ou as partes da boca bem no local em que ele penetra na pele e arrancá-lo aos poucos. O corpo do carrapato não deve ser agarrado, nem esmagado. Não devem ser utilizados vaselina, álcool, fósforo ou outras substâncias que causem irritação.
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