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Estresse: causa, sintomas e tratamento

O estresse é uma reação natural do corpo a situações desafiadoras e de alto risco, como enfrentar um predador ou lidar com uma emergência médica. Ele é um mecanismo de defesa que prepara o corpo para lidar com uma ameaça, aumentando a frequência cardíaca, elevando a pressão arterial e liberando hormônios como o cortisol.

No entanto, quando o estresse se torna crônico, pode afetar negativamente a saúde física e mental. Isso acontece quando o corpo é constantemente exposto a situações estressantes e não tem tempo suficiente para se recuperar. Dessa forma, estresse crônico pode levar a uma série de problemas de saúde, como doenças cardíacas, pressão alta, diabetes, obesidade, depressão, ansiedade e distúrbios do sono.

O que pode causar estresse?

Atualmente, muitas pessoas estão enfrentando altos níveis de estresse devido a vários fatores, incluindo:

  1. Pandemia da COVID-19: A pandemia da COVID-19 tem sido uma fonte significativa de estresse para muitas pessoas. As restrições de distanciamento social, medo da infecção, aumento das preocupações financeiras, mudanças no trabalho e isolamento social têm contribuído para altos níveis de estresse.
  2. Pressões no trabalho: A pressão para atender prazos, aumentar a produtividade e equilibrar as demandas do trabalho com as responsabilidades pessoais pode ser uma fonte significativa de estresse para muitas pessoas.
  3. Preocupações financeiras: As preocupações com dinheiro, dívidas, empregos e segurança financeira podem causar estresse e ansiedade.
  4. Mudanças de vida: Eventos de vida estressantes, como mudanças de casa, mudanças de emprego, divórcios, mortes na família e outros tipos de mudanças podem desencadear estresse.
  5. Excesso de informações: O constante fluxo de notícias e informações em nossas vidas pode ser esmagador e contribuir para altos níveis de estresse.

Segundo, Hans Selye que foi um psicólogo e médico canadense que propôs o modelo das três fases do estresse em 1936 e, posteriormente, desenvolveu o modelo das cinco fases do estresse em 1956. Ele é considerado um pioneiro no estudo do estresse e é amplamente reconhecido como o pai da pesquisa moderna sobre o estresse.

Selye, propôs um modelo das cinco fases. As cinco fases são:

  1. Fase de alerta: A primeira fase é a fase de alerta, que ocorre quando o corpo percebe um estímulo estressor. O sistema nervoso simpático é ativado e libera hormônios como a adrenalina, preparando o corpo para a ação. Os sintomas nesta fase incluem aumento da frequência cardíaca, respiração rápida e sudorese.
  2. Fase de resistência: Se o estímulo estressor persistir, o corpo entra na fase de resistência, em que tenta lidar com o estresse. Nesta fase, o corpo continua a liberar hormônios do estresse, como o cortisol, para ajudar a manter a energia e a concentração. Se essa fase se prolongar, pode levar à exaustão.
  3. Fase de exaustão: A fase de exaustão ocorre quando o corpo não consegue mais lidar com o estresse e os recursos do corpo são esgotados. Os sintomas nesta fase incluem cansaço extremo, fadiga crônica, irritabilidade e problemas de memória.
  4. Fase de recuperação: Depois de passar pela fase de exaustão, o corpo começa a se recuperar. O sistema nervoso parassimpático é ativado, permitindo que o corpo relaxe e se recupere. Os sintomas nesta fase incluem uma sensação de calma e diminuição dos sintomas físicos e emocionais do estresse.
  5. Fase de resiliência: Se o estresse persistir por um período prolongado, o corpo pode entrar na fase de resiliência, em que se adapta ao estresse e se torna mais resistente. Nesta fase, o corpo aprende a lidar com o estresse de forma mais eficaz e a resposta ao estresse pode não ser tão intensa quanto nas fases anteriores.

Quais são os tipos de estresse?

Existem vários tipos, incluindo:

Agudo: É uma forma comum causada por uma situação estressante aguda, como um prazo de trabalho apertado, uma discussão acalorada, uma entrevista de emprego ou um susto repentino. Esse tipo de estresse geralmente é de curta duração e pode ser gerenciado com técnicas de relaxamento e mudanças comportamentais.

Crônico: É um tipo que ocorre ao longo do tempo, muitas vezes em resposta a situações de estresse constantes, como problemas de saúde crônicos, problemas financeiros ou problemas no trabalho. O estresse crônico pode ser prejudicial à saúde física e mental se não for gerenciado adequadamente.

Traumático: É um tipo que é causado por eventos traumáticos, como abuso físico ou emocional, violência, acidentes graves ou eventos traumáticos na infância. Esse tipo de estresse pode ter efeitos profundos e duradouros na saúde mental e física e pode exigir tratamento profissional.

Estresse por conflito de papéis: Esse tipo ocorre quando as demandas de diferentes papéis na vida de uma pessoa entram em conflito. Por exemplo, se uma pessoa é um pai, um trabalhador em tempo integral e um cuidador de um parente idoso, pode haver conflitos entre as demandas desses diferentes papéis.

Estigma social: É um tipo que é causado por ser alvo de preconceito, discriminação ou estigma social, como o estigma associado à raça, orientação sexual, religião, gênero ou doença mental. Esse tipo de estresse pode ter efeitos negativos significativos na saúde mental e física de uma pessoa.

Sintomas 

Os sintomas do estresse podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns dos sintomas mais comuns incluem::

  • ansiedade;
  • fadiga;
  • dificuldade de concentração;
  • irritabilidade e problemas de sono. 

Em casos mais graves, o estresse crônico pode levar a problemas de saúde, como doenças cardíacas, pressão alta, depressão e ansiedade.

Principais problemas de saúde

O estresse crônico pode afetar negativamente a saúde física e mental. A longo prazo,  pode causar problemas cardíacos, pressão alta, diabetes, obesidade, depressão, ansiedade e distúrbios do sono. O estresse também pode afetar a imunidade, deixando o corpo mais suscetível a infecções e doenças.

Tratamento

Existem várias maneiras de gerenciar o estresse. Uma das maneiras mais eficazes é adotar um estilo de vida saudável, que inclui uma dieta balanceada, exercícios regulares, sono adequado e práticas de relaxamento, como meditação e yoga. 

O tratamento também varia dependendo da gravidade dos sintomas e das causas subjacentes. Existem várias abordagens que podem ajudar a gerenciar o estresse, incluindo mudanças no estilo de vida, terapia e medicação.

Mudanças no estilo de vida podem incluir:

  • Exercício físico regular: o exercício pode ajudar a aliviar a tensão muscular, melhorar o humor e reduzir a ansiedade e a depressão.
  • Alimentação saudável: uma dieta equilibrada pode ajudar a reduzir a fadiga e melhorar a saúde geral.
  • Descanso adequado: o sono é essencial para o bem-estar físico e mental. É importante estabelecer uma rotina regular de sono e evitar o uso de eletrônicos antes de dormir.
  • Técnicas de relaxamento: meditação, respiração profunda e yoga podem ajudar a reduzir a tensão muscular, aliviar a ansiedade e melhorar o humor.

A terapia é outra abordagem comum para o tratamento. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma forma de terapia que ajuda as pessoas a identificar e mudar pensamentos e comportamentos negativos que podem estar contribuindo. A terapia também pode ajudar a desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis ​​e a aprender a lidar melhor com o estresse.

Em alguns casos, a medicação pode ser recomendada para ajudar a gerenciar os sintomas. Os medicamentos que podem ser prescritos incluem antidepressivos, ansiolíticos e betabloqueadores. No entanto, é importante lembrar que os medicamentos devem ser prescritos e monitorados por um profissional de saúde qualificado.


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