A retocolite ulcerativa, ou colite ulcerosa é uma doença que provoca inflamação de longa duração e feridas (úlceras) no revestimento interno do intestino grosso (cólon) e reto. A inflamação não apresenta causa específica e caracteriza-se por afetar apenas a mucosa do órgão, diferentemente da doença de Crohn, que afeta toda a espessura da parede intestinal.
A doença costuma acometer o reto e o sigmóide (fim do intestino grosso), podendo estender-se de forma parcial ou total pelo restante intestino grosso. A extensão e as características das lesões determinam a gravidade do quadro.
No Brasil as doenças inflamatórias intestinais são cada vez mais comuns. Da década de 1990 até os dias de hoje, a prevalência da doença de Crohn aumentou cerca de 11% e da retocolite ulcerativa em cerca de 14%.
O que é retocolite ulcerativa?
Retocolite ulcerativa é uma condição que assola as extremidades do intestino grosso (reto e cólon), causando uma inflamação na região que pode ou não ter úlceras, além de ser crônica.
Essa doença acontece na mucosa do intestino grosso e pode chegar a se espalhar pela extensão do órgão, sendo que é o tamanho das áreas atingidas pela colite ulcerativa que determina a gravidade e severidade dessa condição. Na colite ulcerativa, as lesões normalmente não chegam a atingir o intestino delgado. Pacientes com colite ulcerativa também podem apresentar, por exemplo, alterações no funcionamento do fígado.
A causa exata da retocolite ulcerativa é desconhecida. Porém, uma possível causa é um distúrbio do sistema imunológico. De forma semelhante quando o sistema imunológico tenta combater um vírus invasor ou bactéria, neste caso uma resposta imunológica anormal faz com que ele ataque as células do próprio organismo. Nesse caso, as células da mucosa do cólon e do reto. É como se o organismo entendesse que o intestino grosso fosse um órgão estranho, tentando combatê-lo persistentemente.
A hereditariedade também parece desempenhar um papel na incidência de colite ulcerativa, uma vez que a doença ocorre em pessoas que têm familiares com a doença.
Entretanto, as pessoas que desenvolvem retocolite ulcerativa em idade mais jovem são mais propensas a ter sintomas graves. A doença também pode ser classificada de acordo com a intensidade que acomete os segmentos, podendo ser leve, moderada ou grave.
Sintomas de retocolite ulcerativa
A maioria das pessoas com retocolite ulcerativa tem períodos de remissão (quando a condição não está ativa) que podem durar vários anos. Esses períodos são interrompidos por ocasionais surtos de sintomas moderados. No entanto, algumas pessoas têm os sintomas de colite ulcerativa todo o tempo.
Entre os sintomas mais comuns de colite ulcerativa, podemos destacar:
Diagnóstico da retocolite ulcerativa
O diagnóstico é feito por via endoscópica. O exame consiste na introdução de um tubo rígido no reto que permite definir a presença ou não da colite. Outro exame importante é a colonoscopia que deixa ver todo o intestino grosso até sua junção com o intestino delgado.
Tratamento da retocolite ulcerativa
A colite ulcerativa é uma doença crônica, que não tem cura. Porém, é possível eliminar os sintomas do paciente, sem apresentar, por exemplo, as diarréias que são características da doença.
No entanto, medicamentos são fundamentais para garantir-se longos períodos de remissão, uma vez que atuam fazendo com que a inflamação fique sob controle. Como a doença pode afetar os indivíduos de diferentes formas, o tratamento deverá ser individualizado, analisando-se as particularidades de cada um.
Entre os medicamentos estão o Ibuprofeno, Naproxeno sódico, Diclofenaco de sódio e outros.
Recomendações
Consulte o seu médico se tiver uma alteração persistente nos seus hábitos intestinais ou se tiver algum dos sinais e sintomas de doença inflamatória intestinal. A doença inflamatória intestinal pode se agravar e, mesmo em casos mais leves, quando não tratada atrapalha a vida diária de quem convive com ela.
Evite alimentos que contenham fibras insolúveis (cascas de frutas, verduras, etc.) para não estimular o intestino e agravar as crises de diarreia. Assim como, reduza ao máximo a ingestão de condimentos picantes, leite e derivados, bebidas fermentadas, como vinho, cerveja e champanhe. Os destilados estão liberados, mas não abuse deles.
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