A manteiga está presente na mesa da maioria dos brasileiros, seja como ingrediente de receitas, ou mesmo no café da manhã com o pãozinho quentinho. Porém, nas últimas décadas a manteiga foi tachada como uma das grandes vilãs da dieta e sumariamente retirada das compras do supermercado. Mediante ao fato de ser saborosa, é rica em gorduras saturadas que, quando consumida em excesso, se tornam um fator de risco para o desenvolvimento de problemas cardíacos.
Dessa maneira, a manteiga tem sido responsabilizada por doenças cardiovasculares, devido ao seu teor de gordura saturada alta. No entanto, a opinião pública e científica foi lentamente mudando esse conceito, pois descobriu-se que gordura saturada não é maléfica para saúde e muitas pessoas já reconhecem a manteiga como um alimento não prejudicial.
Visto que, recentemente foi publicado um estudo no periódico científico PLOS ONE que afirma que a manteiga não aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Todavia, vale lembrar que manteiga é a gordura com o maior teor de ácidos graxos: 10g de manteiga contém 5g de gordura saturada. Por comparação, 10 g de azeite contém 1,5 g de gordura saturada.
O que diz o estudo
Segundo o periódico, os pesquisadores americanos fizeram a revisão de nove estudos já publicados: eles foram realizados com 636 mil pessoas em 15 países, que foram acompanhados entre 10 e 23 anos. A quantidade média de manteiga ingerida pelas pessoas era entre um torço de colher de sopa até 3 colheres de sopa por dia.
O estudo demonstrou que uma porção de manteiga diariamente (1 colher de sopa) estava ligado ao aumento de 1% no risco de morte. Por outro lado, essa quantidade também foi relacionada a uma redução no risco de diabetes e os pesquisadores não viram associação entre o consumo dessa gordura e os problemas do coração.
Conforme os pesquisadores, esses resultados classificam a manteiga como um alimento no “meio do caminho”. Ou seja, é improvável que seu consumo faça muito mal à saúde, mas as pessoas podem reduzir seu risco de problemas cardíacos ao optar por gorduras mais saudáveis como azeite extra virgem e óleo de soja ou de canola.
Como é feita a manteiga
A manteiga é um produto derivado do leite, obtido a partir do batimento do creme de leite (nata), e é rica em gorduras saturadas, lactose e sal.
Um fator positivo da manteiga é um produto extraído do leite (um alimento in natura). Isso significa que ela é menos industrializada do que a margarina, que é um alimento ultraprocessado.
Valor Nutricional da Manteiga
A manteiga contém uma variedade imensa de micronutrientes. As seguintes vitaminas são encontradas na manteiga:
Manteiga faz mal ao coração
O problema da manteiga pode estar no sal. Pessoas que possuem predisposição a doenças como hipertensão, devem moderar no consumo. O problema são os excessos.
O que se sabe, em geral, é o potencial benefício da substituição de gorduras saturadas por insaturadas, especialmente quando estas últimas são fornecidas por óleos vegetais. Já citado acima, a melhor opção para o coração seria o azeite, em vez da manteiga.
Consuma com moderação
A manteiga é um alimento rico em gorduras. Portanto, deve ser consumido com moderação.
Embora esse ingrediente tenha um processo mais natural de elaboração, deve ser consumida com equilíbrio e atenção, associada a uma dieta diversificada, adequada e balanceada e, claro, rica em nutrientes.
Portanto, alterne o uso da manteiga com outros produtos derivados do leite, como queijos magros – ricota, cottage e frescal -, pois além de apresentarem valor calórico reduzido e teores mais baixos de gorduras, oferecem maiores quantidades de cálcio e proteínas.
Se você tiver a opção de encontrar a manteiga orgânica opte por ela, além de mais saudável, possui mais vitaminas. E de preferência compre sem sal.
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