A vacina contra o covid-19 está próxima de ser desenvolvida segundo uma pesquisa no Reino Unido. A expectativa é que a estrutura dessa vacina esteja pronta em alguns meses, podendo ser comercializada em até um ano.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram o início de testes em humanos de uma vacina contra o coronavírus. Na última quinta-feira (23/04/2020), dois voluntários receberam um uma dose da vacina em potencial e outro um controle (uma vacina de meningite amplamente disponível).
Em sua primeira fase, o estudo conduzido pelo Jenner Institute da Universidade de Oxford, destinado a avaliar a segurança e a eficácia da vacina, envolverá até 1.112 voluntários. Destes, 551 receberão uma dose da potencial vacina contra a covid-19, e a outra metade uma vacina de controle. Dez participantes receberão duas doses da vacina experimental, com espaçamento de quatro semanas.
Cientistas esperam obter resultados similares aos dos testes com macacos. Imunizados, os animais foram expostos ao coronavírus e não se infectaram.
Estudos da vacina
O estudo é para testar uma nova vacina contra COVID-19 em voluntários saudáveis. Os pesquisadores começaram a rastrear voluntários saudáveis (de 18 a 55 anos) em março para o próximo teste de vacina ChAdOx1 nCoV-19 na região do Vale do Tamisa. A vacina é baseada no vetor de vacina contra adenovírus e na proteína spike SARS-CoV-2 e foi produzida em Oxford.
As vacinas feitas com o vírus ChAdOx1 foram administradas a mais de 320 pessoas até o momento e mostraram-se seguras e bem toleradas, embora possam causar efeitos colaterais temporários, como temperatura, dor de cabeça ou dor no braço.
É fundamental para este estudo que os participantes permanecem cegos, ou seja, sem saber se receberam ou não a vacina, pois, se soubessem, isso poderia afetar seu comportamento de saúde na comunidade após a vacinação e pode levar a um viés nos resultados do estudo.
Expectativa da vacina
Os pesquisadores esperam fazer com que o corpo reconheça e desenvolva uma resposta imune à proteína Spike, que ajudará a impedir que o vírus SARS-CoV-2 entre nas células humanas e, portanto, evitar a infecção.
O foco principal do estudo é descobrir se esta vacina funcionará contra o COVID-19, se não causará efeitos colaterais inaceitáveis e se induz boas respostas imunológicas. A dose usada neste estudo foi escolhida com base em experiências anteriores com outras vacinas baseadas em ChAdOx1.
Os participantes receberão um diário eletrônico para registrar quaisquer sintomas experimentados por 7 dias após o recebimento da vacina. Eles também gravam se não se sentirem bem durante as três semanas seguintes.
Após a vacinação, os participantes participarão de uma série de visitas de acompanhamento. Durante essas visitas, a equipe verificará as observações dos participantes, coletará uma amostra de sangue e revisará o diário eletrônico da competição. Essas amostras de sangue serão usadas para avaliar a resposta imune à vacina.
Fonte: Oxford Vaccine Group
Imagem: Google
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