Hoje morre mais pessoas por excesso de comida e açúcar, do que por guerras. Segundo o historiador Yuval Noah Harari, em seu livro – Homo Deus, no qual ele relata que em, 2012, aproximadamente 56 milhões de pessoas morreram no mundo inteiro; 620 mil morreram em razão da violência humana (guerras mataram 120 mil pessoas, o crime matou outras 500 mil). Em contrapartida, 800 mil cometerem suicídio, 1,5 milhão morreram de diabetes – atualmente esses números são ainda maiores. “O açúcar é mais perigoso do que a pólvora” – diz Yuval.
O açúcar mais consumido no mundo é o refinado. Mais barato, ele é muito utilizado na produção de bolos, doces, sorvetes e outros produtos. O consumo em excesso deste tipo de açúcar pode gerar diversas doenças, principalmente em pessoas com vida sedentária.
Grandes quantidades de açúcar estão associadas ao desenvolvimento da síndrome metabólica, que inclui o ganho de peso, obesidade abdominal, pressão alta, entre outros.Os cientistas estão cada vez mais certos de que o açúcar é um fator primário que leva ao desenvolvimento de doenças crônicas. O Mal de Alzheimer é outra doença que pode ser acionada a partir do alto consumo de açúcar.
O açúcar não tem nutrientes, o que faz com que ele seja digerido rapidamente e, consequentemente, provoca uma elevação nos níveis de glicemia, o que aumenta o depósito de gordura nas células.
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O açúcar vicia o cérebro porque ele afeta os mensageiros químicos cerebrais serotonina (que dá sensação de bem-estar) e dopamina (recompensa). O efeito não é o mesmo causado pelas drogas, mas pode, sim, “enganar” cérebro e corpo “dependência”, podendo levar a compulsão alimentar.
O jornalista americano William Dufty publicou, em 2002, o livro Sugar Blues, no qual ele define toda gama de distúrbios físicos e mentais causados pelo consumo do açúcar, – é um relato detalhado das circunstâncias que permitiram a ascensão do açúcar da categoria de “droga” rara e de alto custo, como o ópio, a morfina e a heroína, a sustentáculo da dieta do homem moderno. No livro, também são citadas doenças psiquiátricas graves, distúrbios cardiovasculares e dores no corpo devido ao consumo de açúcar.
Além do açúcar branco, muitos alimentos contêm esse ingrediente em sua receita, trazendo também malefícios à saúde. Alguns exemplos são:
O paladar demora cerca de 3 semanas para se habituar com o sabor menos doce, pois é o tempo que leva para a renovação das papilas gustativas na língua, que acabam se adaptando aos novos sabores.
Para facilitar a mudança e a aceitação do paladar, pode-se retirar o açúcar aos poucos, reduzindo a quantidade usada nos alimentos até zerar completamente. E o mesmo deve ser feito com os adoçantes, reduzindo a quantidade de gotas utilizadas. Além disso, deve-se aumentar o consumo de alimentos que podem ser amargos ou azedos, como frutas ácidas e verduras cruas.
Açúcar refinado
O açúcar refinado tem 100% de caloria, sem valor nutricional e, se consumido em excesso, pode causar obesidade, diabetes e até alguns tipos de câncer. Não só o consumo da substância in natura é prejudicial, mas os alimentos que apresentam carboidratos provocam o efeito de aumento rápido e exagerado de glicose, o que aumenta a secreção de insulina no pâncreas. Insulina em excesso pode baixar as taxas de glicemia rápido demais, o que faz com que a pessoa tenha mais vontade de comer, podendo, assim, engordar com mais facilidade.
Frutose
Já o açúcar das frutas, a frutose, não é visto como vilão, pois a maneira como ele é processado no organismo não provoca nenhuma resposta de insulina. Além disso, as frutas também oferecem vitaminas, fibras, antioxidantes e água. Dessa forma, muitos médicos recomendam apenas a ingestão da frutose na dieta alimentar.
Essa ingestão da frutose evita a hipoglicemia, que é um distúrbio que se manifesta por meio de vários mal estares, podendo causar até mesmo a depressão, segundo alguns especialistas.
Adoçante
Alguns médicos ainda sugerem a substituição por adoçantes: mesmo que haja controvérsias por ser uma substância química, ainda não foi comprovado nenhum mal advindo de adoçantes.
Açúcar mascavo
O açúcar mascavo apresenta 5% de nutrientes, sendo assim, pode ser uma opção mais saudável, mas aconselha-se um consumo moderado. Os maltes de cevadas também já são bastante utilizados no lugar dos açúcares.
Açúcar em bebidas
Precisa-se tomar cuidado com bebidas alcoólicas e demais bebidas que contenham açúcares, pois a velocidade com que a glicose entra no sangue é aumentada e torna-se agressiva do ponto de vista metabólico.
Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a ingestão do açúcar refinado não ultrapasse 10% do consumo diário total de calorias, ou seja, consumo de açúcar por dia é de 25 g, o que equivale a uma colher de sopa cheia. Além disso, deve-se preferir o consumo de açúcar mascavo ou de mel, pois contêm mais vitaminas e minerais que o produto refinado, sendo menos prejudiciais à saúde.
Não esqueça de consultar um médico com uma abordagem integral para uma compreensão ampla e direcionamento específico, de acordo com sua própria individualidade.
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