A tireoide é uma glândula endócrina importantíssima para o funcionamento harmônico do organismo. Os hormônios liberados por ela, T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) estimulam o metabolismo, isto é, o conjunto de reações necessárias para assegurar todos os processos bioquímicos do organismo.
Hipertireoidismo e hipotireoidismo são doenças diferentes, mas ambas acometem a mesma glândula, da tireoide – responsável por manter a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins.
No hipertireoidismo, também conhecido como quadro de “tireóide hiperativa”, a glândula em questão passa a produzir hormônios excessivamente, enquanto no hipotireoidismo a produção é reduzida.
O primeiro é mais comum entre mulheres de 20 a 40 anos, e o segundo, entre mulheres com mais de 60 anos. Ambos, entretanto, podem ocorrer a qualquer pessoa em qualquer idade, até mesmo em recém-nascidos – condições conhecidas, respectivamente, como hipertireoidismo congênito e hipotireoidismo congênito.
Cerca de 15% da população sofre com problemas na tireoide, o que coloca essas doenças entre as que mais atingem os brasileiros, principalmente o sexo feminino, de acordo com o censo do IBGE. Outro dado da instituição afirma que cinco milhões de mulheres não sabem que têm algum tipo de disfunção na tireoide por falta de conhecimento dos sintomas
A causas mais comum do hipertireoidismo é uma doença autoimune (o próprio corpo produz proteínas que “atacam” o órgão) chamada Doença de Graves. Outra doença da tireóide chamada Bócio multinodular também pode produzir hormônios em excesso. Como causas do hipotireoidismo temos a Tireoidite de Hashimoto (também de causa autoimune), retirada cirúrgica da tireoide ou tratamento com iodo radioativo. Algumas crianças nascem com hipotireoidismo porque não têm a tireoide ou porque a mesma não funciona bem. O popular teste do Pezinho faz o diagnóstico e a criança deve ser tratada o mais rápido possível. O tratamento é para a vida toda.
Pode haver aumento nos níveis de colesterol e consequente doença cardíaca se os acometidos pelo hipotireoidismo não realizarem tratamento. Em casos mais graves, pode ocorrer coma mixedematoso, uma situação clínica incomum, mas potencialmente letal. Nesse quadro, o organismo apresenta adaptações fisiológicas (para compensar a falta dos hormônios tireoidianos) que, em caso de infecções, por exemplo, poderão ser insuficientes, fazendo a pessoa descompensar e entrar em coma.
Tanto, hipertireoidismo e hipotireoidismo, possuem diversas causas e maior chance de acontecer entre parentes de pessoas que apresentam problemas na tireoide.
Os principais sintomas do hipertireoidismo são o oposto do hipotireoidismo, ou seja, irregularidade e aceleração nos batimentos cardíacos, geralmente acima de 100 batimentos por minuto, nervosismo, mãos trêmulas e sudoreicas, ondas de calor repentinas, intestino solto, perda de peso acentuada sem intenção.
Conheça, abaixo, alguns sintomas de hipertireoidismo:
Confira alguns sintomas do hipotireoidismo:
Para diagnosticar o hipertireoidismo são feitos exames físicos e de sangue. A doença é confirmada quando os níveis de T4 e T3 estão mais elevados que o normal e o nível de TSH está menor que a referência.
Para determinar o tipo de hipertireoidismo é solicitado um exame de captação de iodo radioativo para medir quanto iodo é absorvido pela tireoide. Também pode haver a solicitação de imagens da tireoide a fim de verificar seu tamanho e presença de nódulos.
O hipotireoidismo é diagnosticado com base em exames de sangue que mediram os níveis dos hormônios estimuladores da tireóide – TSH e T4. A doença é confirmada quando os níveis de TSH estão elevados e os níveis de T4 baixos. Entretanto, nos casos mais leves ou iniciais, o TSH estará alto, enquanto o T4 pode estar normal.
Quando a causa do hipotireoidismo é a doença de Hashimoto, os exames podem detectar os anticorpos que atacam a tireoide.
Em recém-nascidos, o exame de tireoide é o chamado “Teste do Pezinho” e deve ser realizado entre o terceiro e o sétimo dia do nascimento. Isso porque, se o bebês doentes não forem tratados, poderá haver atraso no desenvolvimento mental e no crescimento.
Em ambos os casos o tratamento deve ser introduzido assim que o problema é diagnosticado e depende da avaliação das causas da doença em cada paciente.
O tratamento do hipotireoidismo, deve começar de preferência na fase subclínica com a reposição do hormônio tiroxina que a tireóide deixou de fabricar e é empregado pela medicina convencional é a ingestão diária de levotiroxina em jejum (meia hora antes da primeira refeição do dia), na quantidade prescrita pelo médico, de acordo com cada organismo
A levotiroxina reproduz o funcionamento da tireoide, mas para que o tratamento seja eficaz o uso deve seguir a prescrição médica.
No hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia e depende das características e causas da doença. Deve começar logo e ser prescrito principalmente na terceira idade a fim de evitar a ocorrência de arritmias cardíacas, hipertensão, fibrilação, infarto e osteoporose.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
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Eu tenho Hipotireoidismo ...enfim sob controle... mas cheguei a ter taxas altíssimas de tsh... obrigada pelos essclarecimentos